Dia 9 - Queres ver que estes c@r@lhos não falam português...

Antes de sairmos de Varsóvia, reunimos com o grupo em frente ao Hotel. Combinamos os 2 waypoints do dia e desejamos a todos uma viagem segura. Escapamo-nos depois ao grupo e fomos dar uma olhada à Catedral de Varsóvia que tínhamos avistado à chegada.

(estes camiões são muito vulgares na Polónia, equivalem aos do Pingo Doce em Portugal e eram do Grupo Jerónimo Martins)

Arrancando em direcção a Vilnius, constatamos que não existia uma Auto-Estrada entre as capitais polaca e lituana. Tendo em conta as obras que encontramos pelo caminho, prevê-se que, brevemente, essa ligação de alta velocidade se venha a tornar realidade.

Ainda em território polaco, fomos agradavelmente surpreendidos pela voz da nossa compatriota Dulce Pontes a sair do nosso rádio que estava sintonizado numa estação polaca.

A qualidade da estrada entre Varsóvia e a fronteira Lituana é fraca, com muitos camiões, chega a ser enervante para quem vem habituado a “Autobahns” alemãs. No entanto, foi com grande prazer que conduzimos na estrada que liga a fronteira Lituana a Vilnius. É uma via de mão dupla, larga, com muita visibilidade antes das curvas, grandes rectas, paisagem campesina agradabilíssima seguida de uma área florestal igualmente encantadora. Foi um gosto realizar estes kilómetros.

A generalidade dos Lituanos conduzem bem melhor do que a maioria dos tugas e encostam-se à berma quando têm um carro atrás deles. Quando em vez de um carro têm o Adamastor, ainda mais rapidamente cedem passagem apesar do interesse causado pelas matrículas.

Chegados a Vilnius, pelas 16 horas, estávamos famintos, já que voltamos a dispensar o almoço de sandwichs proporcionado pela Kudu Expeditions. Dirigimo-nos à zona sul da cidade à procura de um sítio que nos pudesse saciar o apetite. Um restaurante, chamado UAB NIKADITA, colocado numa das típicas casas de madeira lituanas saltou-nos à vista. Estacionamos (muito mal) o Adamastor e dirigimo-nos lá a pé. 2 Cenakai, 1 Oto file su bulviu e 1 Kiaules ausis foram as nossas escolhas:

• A Cenakai é uma sopa tradicional lituana que tem como ingredientes batata, cebola, cenoura, natas, tomate e carne de porco estufada. Grande Cena(kai)!

• O Oto file su bulviu é filet de Halibut… não, não é a pomada para as assaduras do bebé, é o peixe a partir do qual se extrai um óleo rico em vitaminas A e D que é utilizado na produção da afamada pomada.

• As Kiaules ausis são orelhas de porco com molho de cogumelos, bastante agradáveis, úteis para aplacar a fome e, ao mesmo tempo, apesar de serem tipicamente lituanas, fazer lembrar a culinária portuguesa.

Por sugestão da funcionária, com cerca de 45 anos, que nos respondia em lituano a todas as questões que colocávamos em ingês, pedimos para beber 1 L de cerveja Lituana para cada um. A cerveja preta era bem mais evoluída do que a branca.

Estacionamos o monstro verde perto do Hotel Europa City e fomos ao centro da cidade com o nosso companheiro Jamie “Cenoura” que entretanto, já tinha conseguido apanhar o grupo durante a hora de almoço.

O centro histórico de Vilnius é agradável para caminhar e seguro. Há uma variedade de restaurantes disponíveis frequentados não só por estrangeiros e visitantes, mas também pelos próprios habitantes de Vilnius. Encontramos também 2 vinotecas e alguns bares, mas, por se tratar de uma quarta-feira, estavam a trabalhar para as moscas. Regressamos ao hotel pelo lado contrário do rio, permitindo-nos usufruir de uma visão global da cidade de uma perspectiva diferente.

Varsóvia (PL) – Vilnius (LT)
Kms percorridos no Dia 9 – 433 km
Kms acumulados da viagem – 4780 km