segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dia 6 - Birds don't go to the PUB

Acordamos, antes das 5 da manhã, com os pássaros a chilrear violentamente. Comentei com a colega Susana “Gambuzina”, em jeito de desabafo, que os pássaros deveriam “get a life”. Como ecologista fervorosa que é, respondeu-me secamente: “Birds don’t go to the Pub!” Não sei o que é que a senhora vê de errado em termos ido todos ao Pub, mas sinceramente, fiquei com a sensação de que se as coisas apertarem será pelos americanos que o verniz estalará primeiro.



Desmontamos as tendas, guardamos no veículo e tomamos o nosso primeiro pequeno almoço de campo providenciado pela Kudu Expeditions a partir do veículo de apoio. Weetabix, Muesli, Kellogs, Rice Crispies, leite magro, ovinhos estrelados, pão, bananas, maças e café. Muito, muito bom, esperamos que continue esta variedade e qualidade de serviço aos pequenos almoços.


Depois de lavar a loiça do pequeno almoço, chegou a hora há muito ansiada. Antes que os relógios batessem as 7 da manhã, a comitiva estava em andamento em direcção ao Ace Café de Londres. Este café é um ponto de reunião de motards desde os anos 60, cheio de anúncios de concentrações, eventos, espectáculos e apresentações relacionadas com a cena motard. Foi com alegria e algum saudosismo que os elementos da comitiva olharam para os modelos clássicos de motas que têm estacionamento preferencial na primeira linha junto ao dito café. Respeitinho pelos mais velhos até nas motas!!

O local estava bem composto de pessoas equipadas para passeios de mota quando nós chegamos, no entanto, quanto mais o relógio se aproximava das 11, mais e mais motards chegavam ao café. Digno de ser visto.


Tirada a fotografia de partida, arrancamos para o Porto de Dover numa sensação mista de felicidade e incredulidade. Afinal, vai mesmo acontecer! Passadas 2 horas, chegamos ao Way-point marcado pelo Lee “Estiga-te” no Porto de Dover, aguardamos pelos companheiros menos rápidos e fizemos o check-in na alfândega e no barco. Os motards foram seleccionados para revista de bagagem, enquanto que, o Adamastor, com um volume de carga muito superior, passava sem ser revistado. Julgamos nós que o aspecto agressivo do Adamastor deverá ter assustado os senhores das Alfândegas.

Chegados a Maastricht, entramos pelo lado errado da cidade (contrário ao que era recomendado nos waypoints do Lee “Estiga-te”), o que foi extremamente agradável para nós, visto que fomos obrigados a atravessar o centro da cidade de Masstricht e a cruzar o rio Maas através de uma paisagem verde, calma e bastante holandesa.

Pernoitamos num "motel" para motards chamado Chaussé (ou seja, chão). Efectivamente, o "motel" não era assim tão asceta, apesar de, casa de banho e duche serem comuns aos quartos todos. Enfim, como disse o Lee na apresentação da Expedição, isto é o Mongolian Challenge e não as Mongolian Hollidays.

À noite, jantamos no bar do Chaussé uma refeição brilhante confeccionada pelo proprietário do "motel" que também é uma personagem interessante. Como ele está a planear uma viagem a Portugal em Agosto, ficamos à conversa com ele até às 4 da manhã. Demos-lhe a provar o vinho português que trouxemos connosco na viagem e pelo que nos foi dado a observar, parece que ele ficou interessado no Enoturismo em Portugal.



Bishops Frome (UK) – Maastricht (NL)
Kms percorridos no Dia 6 – 684 km
Kms acumulados da viagem – 3084 km

2 comentários:

  1. Gostei especialmente da parte onde referiram ter estado face a face com o bigbang... é imperdível!( o que a troca de letras faz!)
    Marota

    ResponderEliminar
  2. Só tu é que tinhas calor na foto de grupo ?

    ResponderEliminar