domingo, 13 de junho de 2010

Dia 12 – O dia da Independência

Amanheceu bastante rápido em Riga. No briefing das 7h30 o Mike deu-nos uma longa lista dos hotéis por onde vamos passar a partir de hoje. Não nos podemos queixar pois a lista tinha o chamado número perfeito: 7! Sim, 7 fantásticas noites de caminha com chuveiro até ao final da viagem. De resto, o verdadeiro challenge: wild camping.

Partimos cheios de expectativa pois íamos passar a fronteira russa. Chegamos por volta das 14h e encontramos algo nunca visto. “Kilhómetros” e “Kilhómetros” de camiões e de ligeiros em fila à espera de passarem a fronteira. Esperamos, esperamos, andávamos 10 metros, esperamos, esperamos, preenchemos formulários, voltamos a esperar. Apercebemo-nos que o dia para atravessar a fronteira não era o melhor. O grande Lee “Estiga-te” escolheu o Dia da Independência (feriado nacional). Boa!!!



(Fabuloso café instantâneo servido no último tasco antes da fronteira.)

(Quando as casas de banho são tão fétidas que não são utilizáveis, you just have to make your own arrangements)

Com o dia a aquecer e o sol a queimar, enquanto os motards tostavam, nós estávamos sempre bem instalados no Adamastor, fresquinhos, com tudo a que temos direito. Escusado será dizer que contribuímos bastante para alargar o buraco da camada de ozono!!


(à espera na fronteira antes da primeira barreira)

(o primeiro papel do dia)
Fomos identificados umas 3 vezes e assim que passamos a cancela, pusemos a nossa grande diva “Amália” a tocar para nos alegrar e nos lembrar de que somos grandes.

Espanto total quando vimos uma nova fila à nossa frente. Afinal, apenas tínhamos saído da Letónia. A fronteira russa estava mais à frente! Esperamos novamente em “No man’s land”…

(Longa se torna a espera)

 (Para ajudar a passar o tempo, andamos a trocar de lugares nos veículos. Aqui temos o nosso amigo Julian rendido ao conforto e segurança do Adamastor)

Após 7 horas e meia bastante longas, com mais formulários preenchidos e carro revistado, atravessamos a fronteira já sem entusiasmo.

(as horas passavam, não havia um cafézinho na fronteira, não podíamos usar as instalações dos russos, a bexiga enchia... o que fazer? Usando a sabedoria popular do: "Terra onde fores ter, faz como vires fazer", colocamo-nos a observar. Os russos que estavam à espera iam ao "matinho", portanto...)


(durante a espera na fronteira, aproveitamos para pedir as peças Toyota a Portugal, através de um grande amigo, já que o incompetente Lee "Estiga-te" não conseguiu reservar as peças na Toyota de Almaty)

Finalmente, acabamos por descobrir que nem em agências perto da fronteira existia o tal seguro para carros estrangeiros. Concluímos assim que andamos, alegremente, uma manhã a caçar gambuzinos em Riga em vez de ir ver alguns monumentos da capital letã.

Chegamos ao Hotel por volta da 1 da manhã. Fizemos o Check-In e fomos comer uma “cto gram zalat”, ou seja, uma saladinha de 100 gramas com chá preto e pão. Este lauto repasto permitiu que não fossemos dormir com o estomago a roncar.

Na mesma sala onde enganamos o estomago, os locais dançavam de forma esquisita ao som de house e tecno russa. Alguns abanavam tanto os braços em movimentos rotativos que parecia que estavam numa aula de natação. Aprendemos também que há uns saltos laterais cruzando as pernas que fazem muito sucesso nas pistas de dança russas. Um cenário do outro mundo…

Este foi um dia onde o contraste de culturas se fez notar desde a fronteira até à cama. Aí, os lençóis estavam dobrados por cima da cama para quem quisesse utilizar… Camas feitas? Isso seria o Mongolian Holiday e não o Mongolian Challenge.

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