Tal como prometido, de manhã cedo, o voluntarioso homem caído do céu, Gana, encontrou-se connosco no hotel. O resto do grupo já tinha partido e tínhamos recebido a notícia de que um dos motards, o germano-suíço Arno, acabara de desistir da viagem. Nos últimos dias tinha demonstrado sinais de desalento aos quais se juntaram alguns problemas de saúde. Achou por bem voltar à Suíça com a sua moto. Boa sorte Arno! Torcemos para que tudo corra bem no teu regresso.
Seguimos então o Lexus preto do Gana até à oficina da Nissan onde ele já tinha feito os seus contactos. Os mecânicos já estavam à espera do Adamastor fazendo lembrar um verdadeiro Serviço de Urgência a postos para receber um acidentado após a chamada do CODU.
O tempo era nosso inimigo. Era Sábado de manhã e, como é normal, a oficina só funcionava até às 13h. O Adamastor foi novamente sujeito a exames rigorosos para que tentassem chegar a um diagnóstico final.
Enquanto esperávamos pelo veredicto, visitamos um centro comercial totalmente dedicado a peças e acessórios para automóveis. Como devem depreender, nada atractivo ao público feminino…
Como o prognóstico era ficarmos uns dias atrasados em relação ao plano de viagem, tivemos de arranjar forma de nos orientarmos e encontrarmos o melhor e mais rápido caminho para ir ao encontro do resto do grupo.
(Navisat Natalia)
Eis que então os olhos de Carlos vislumbram Natalia. Não foi capaz de a deixar na prateleira da vitrine. Foi logo eleita o mais recente membro da comitiva portuguesa, juntando-se às suas companheiras Lola e Gina. Com mapas actualizados do Cazaquistão e Rússia, Natália iria guiar-nos até Barnaul.
Depois de breves explicações sobre o seu funcionamento, restava-nos ser optimistas para percebermos os mapas em cirílico.
Depois de breves explicações sobre o seu funcionamento, restava-nos ser optimistas para percebermos os mapas em cirílico.
Com o estômago a roncar, o Gana levou-nos a um bar turco “Kemer” para tomarmos o delicioso pequeno-almoço turco. Estávamos a tratar-nos bastante bem. Nada de leite em pó! Estava a começar a parecer o Mongolian Holidays. Cada momento passado na cidade de Aktobe, nos surpreendia mais um pouco. Pessoas simpáticas, um bom nível de vida e boas infraestruturas. Afinal, no Cazaquistão não há só pastores!
Já que estávamos a fazer horas, pedimos ao nosso “facilitator”, para irmos visitar a mesquita que víamos do outro lado da rua. Ele simpaticamente avisou que se calhar as mulheres não podiam entrar. Assim que lá chegamos, o responsável pela mesquita perguntou-nos se éramos pessoas de espírito aberto e se vínhamos com o bem no coração. De bom grado nos deixou entrar de pés descalços e com um lenço a tapar o cabelo da nossa menina. Tivemos logo direito a um guia que nos explicou algumas particularidades da religião islâmica. Curioso, também nos fez algumas perguntas sobre a nossa opinião sobre a sua religião e se conhecíamos o Corão.
À saída, Gana confessou-nos que apesar de ter nascido e vivido em Aktobe, nunca tinha entrado naquela mesquita. A sua religião era ajudar as pessoas sempre que podia.
Voltando à oficina, verificamos que não tinha havido grandes progressos. A caixa de transmissão tinha de ser aberta e o especialista encontrava-se a trabalhar num Rally algures na Rússia, Teríamos de esperar até segunda feira.
Bem, não estava nas nossas mãos fazer mais nada. Não tínhamos outra opção que não descansar e relaxar um pouco. Com a incerteza da reparação, de nada nos valia entrar em stress, por isso seguimos a máxima “Carpe Diem”.
Voltamos ao complexo turístico Tau e sentimos que éramos uns privilegiados por poder apreciar e usufruir da paisagem e do acolhimento cazaque.
Aktobe (KZ) - Aktobe (KZ)Voltando à oficina, verificamos que não tinha havido grandes progressos. A caixa de transmissão tinha de ser aberta e o especialista encontrava-se a trabalhar num Rally algures na Rússia, Teríamos de esperar até segunda feira.
Bem, não estava nas nossas mãos fazer mais nada. Não tínhamos outra opção que não descansar e relaxar um pouco. Com a incerteza da reparação, de nada nos valia entrar em stress, por isso seguimos a máxima “Carpe Diem”.
Voltamos ao complexo turístico Tau e sentimos que éramos uns privilegiados por poder apreciar e usufruir da paisagem e do acolhimento cazaque.
Kms percorridos no Dia 19 – 0km
Kms acumulados da viagem – 7692km
Bom S. João Malucos!!!
ResponderEliminarQue bom voltar a receber notícias vossas....
Que corra tudo bem até ao final...
Bruno
Como se entendem vocês nessa comfusaão dr caracteres?! Parece ser interessante. Imagino os palpites de cada um !! :-)
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