O Pastor Mongol: Dia 24 - A engolir kilometros

Mais um dia de muita estrada se antevia. Tínhamos de cumprir o plano para que nos pudéssemos encontrar com o resto do grupo.

Seguimos as indicações de Natália até uma rotunda em que as placas e o seu trajecto diferiam. Optamos pela placa pois tinha uma diferença de menos 100km na distância total até lá chegar. Pensamos que provavelmente seria uma estrada nova que Natália não conhecia.

Após uns 20km, eis que o final da estrada está fechado com um posto de controlo. Aproximamo-nos e a oficial russa que lá se encontrava, percebendo a nossa intenção de viajar até Omsk, informou-nos que estávamos na fronteira russo-cazaque e que teríamos então de optar por outra estrada. Pois…a Natalia sempre tinha razão. No mapa que temos não vimos que aquela estrada. Seguimos então as indicações da Natália da fronteira russo-cazaque até Omsk. Fomos no entanto surpreendidos pelo esprírito TTzeiro da nossa nova companheira Natalia. O caminho que nos indicou incluía 10kms de terra. Ao fim de alguns saltos e um pequeno sobressalto voltamos à estrada principal. Passados alguns kms encontramos pessoas a vender morangos silvestres à beira da estrada. Paramos para comprar morangos que nos viriam a ser muito úteis mais à frente.

No entanto, não cumprimos uma regra de ouro que consiste em nunca deixar os morangos acessíveis a crianças.

Foi também na estrada entre Cheylabinsk e Omsk que descobrimos que os Mas ainda são fabricados. Ficamos extremamente surpreendidos por ver um camião carregado de Mazs novinhos em folha. Estas carrinhas, parecidas com a antiga VW Transporter (pão de forma), têm muita personalidade e estilo. Os clientes poderão comprar as carrinhas Maz em qualquer cor, desde que essa cor seja o cinzento. Parece que a fábrica fez um grande contrato para um primário anti-corrosivo cinzento. Quem quiser pintar a carrinha de outra cor fá-lo à posteriori.